Wednesday, March 22, 2006

Apetites!...

Sempre ouvi dizer que as mulheres grávidas costumam ter apetites estranhos… Assim tipo: “Querido, apetece-me um gelado de baunilha com vinagre e uma folhinha de louro colhida a 1 de Março e que tenha secado às segundas, terças e sextas numa eira situada no centro/norte do país, 150 metros acima do nível do mar!” ou então “Amor… sabes o que é que vinha mesmo a calhar? Um puré de batata vermelha mexicana que tenha crescido a mais de 15 e menos de19,5 cm de profundidade, num terreno em forma de polvo e que tenha sido atingido por um raio num dia de nevoeiro… com melão português comprado em Espanha… sementes de sésamo caídas do bico de um pombo-correio depois de este ter chocado com uma beata lançada por um balonista amador… e chocolate branco!” ou algo mais normal, tipo “Coração… Fazes-me um favorzinho pequenininho? Estava aqui a pensar… arroz branco colhido por um chinês canhoto de olhos azuis enquanto ouvia a ’Song 2’ dos Blur no I-Pod que ganhou num concurso de uma televisão pirata… com bifes de peru panados, fritos em óleo vegetal de girassóis que sigam a lua em vez do sol e com pão ralado que provenha de uma ceara de trigo que ainda não tenha sido afectada pela praga do chocolate (Chocapiiiiiiiiic!!!)...

Se calhar estou a exagerar um bocadinho… Eles podem não ser assim TÃO complicados mas que são um pouco estranhos, são! De qualquer maneira tenho duas teorias para explicar estes apetites:

A primeira é que o cérebro da mãe e o da criança estão ligados de uma forma muito primária. No caso da mãe, ela consegue sentir se a criança está contente, confortável, esse tipo de coisas. O caso do bebé é mais complicado. Como o cérebro dele ainda não está completamente desenvolvido, não é capaz de processar nada como deve ser. Eu sei que o bebé não come o que a mãe ingere mas considerem esta hipótese… A mãe tem fome e apetece-lhe peixe grelhado. Até aqui tudo bem. O problema é que o bebé sente que a mãe está a pensar em comida e imediatamente começa a fazer o mesmo aproveitando para fazer o seu pedido. Ora, o bebé nunca viu comida na sua vida por isso, através da tal ligação primária, acede ao cérebro da mãe onde única coisa que consegue ‘ver’ é uma sucessão de imagens muito rápidas e abstractas de coisas que a mãe associa a comida e outra que nem por isso. Ele escolhe uma que goste e pronto! A próxima coisa a sair da boca da mãe é: “Torrãozinho de açúcar… Apetece-me gelatina de morango com salmão grelhado apanhado num rio que corra de Oeste para Este, onde os pescadores usem chapéus amarelos e botas da Gucci e falem dos campeonatos de Curling de 1976!”

A segunda é que as mulheres gostam muito de ser o centro das atenções!... ;)

6 comments:

Rice Man said...

-_-! Estava só a brincar, FunnyBunny!...

PDA said...

Só para chatear, eu aposto na segunda teoria...

Atlantys said...

Apetecia-me ser rica e viver numa ilha tropical... Estarei grávida? lol :p

Rice Man said...

Eng. Xaxita... Chateai, chateai, que é para ver se elas também gostam!... :)

Atlantys... Por momentos pensei que estava a ler a revista Maria! :D

António said...

ahaha, belas teorias. Eu cá sou apologista de que o bebé pergunta qual o cardápio ao cerébro lá de cima, escolhe o que mais lhe aprouver e a mãe obedece, pois é o cerébro que o ordena. Por outras palavras, o sistema hierárquico mais submisso de sempre.

Claro que isto é a única regalia que tem naqueles nove meses.

Yashmeen said...

Pois eu pertenço ao clube das grávidas por mais 3 meses e posso falar por experiência própria. Na realidade, temos sempre tanta fome que, na ausência desses apetites estranhos até batatas fritas frias marcham!
E acreditem que, se recusarem um desejo de uma grávida, ela passa para outro nos 10 minutos seguintes... ou espera pelo dia seguinte até que as mercearias abram e se possa comprar morangos.