A serenata, aquela canção embaladora de corações destroçados, instigadora de sentimentos incontroláveis. No momento em que se ouve, só duas realidades: luz e escuridão. É assim o coração humano, não o palpável e transferível, mas aquele que só nos apercebemos da sua existência quando nos aperta de tal maneira que as forças em nós esvaiem-se e levam-nos a cometer loucuras que no nosso quotidiano seriam impossíveis. Não há para mim vida realizada sem uma serenata, não sendo preciso que esta seja cantada ou ouvida, mas apenas sentida, pois sem isso não fazia sentido chamá-la serenata. Chamar-se-ia apenas mais uma canção, como qualquer outra que nos ilude durante alguns momentos, mas que nos abandona quando mais precisamos dela, pois não passa disso mesmo, uma canção.
Thursday, July 13, 2006
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3 comments:
Belíssimo post sobre as bandas sonoras da nossa vida.
Raios te partam António! ;) Eu não consigo fazer graçolas nos teus posts... De onde é que te vem esse jeito para a escrita, hein?
Lindo e sentido texto :-)
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